Desde que foram criados, os celulares não param de evoluir. Hoje em dia é difícil imaginar que em um passado não muito distante, os aparelhos serviam para fazer ligações, custavam muito caro e pesavam quase 1kg!
Agora estes aparelhos podem aproximar pessoas queridas de várias maneiras, como por exemplo, através de ligações, SMS ou redes sociais. Além disso, permitem acesso a informações em tempo real de onde estiver, podem te auxiliar em diversas atividades ao longo do dia, com agendas eletrônicas, GPS ou aplicativos bancários.

Os telefones inteligentes se tornaram indispensáveis na vida de grande parte da população, somente no Brasil existem cerca de 230 milhões de celulares ativos. A capacidade de realizar tantas tarefas na palma da mão com simples toques na tela são a chave do sucesso desta tecnologia em nossas vidas.
Com um público tão grande, e se tornando cada vez mais exigente, as empresas começaram a correr contra o tempo e lançar a cada ano modelos melhores que atraíssem a atenção das pessoas. Os Smartphones começaram a ter câmeras melhores, designs mais robustos, melhor desempenho de processamento, telas maiores, entre outras coisas.

E em meio a esta corrida na indústria de dispositivos móveis, existem duas empresas que estão travando uma batalha interessante para conquistar a maior base de defensores da marca. De um lado, uma gigante que foi pioneira na comercialização em massa de smartphones com telas sensíveis ao toque. De outro, uma empresa relativamente jovem, trazendo a evolução por um preço muito mais justo…
Já faz algum tempo que o reinado do iPhone sobre os outros smartphones vem diminuindo, e com a chegada da chinesa Xiaomi, os dias podem estar contados. Ela promete oferecer celulares tão potentes quanto os da Apple, mas por um preço bem menor.
Para entender melhor quem são estes dois rivais e escolher seu lado, é preciso antes de tudo conhecer a história de cada um deles.
iPhone: a aposta da Apple
No dia 9 de janeiro de 2007, as pessoas viram pela primeira vez o aparelho revolucionário. Pelas mãos do fundador e até então presidente da Apple, Steve Jobs, a empresa apresentou o produto que, de acordo com ele, mudaria para sempre a comunicação das pessoas. E, pelo menos desta vez, ele estava completamente certo. Mas a história do iPhone começa muito antes da sua apresentação. O projeto para a equipe da empresa em meados de 2005.

A fabricante já tinha experimentado uma tecnologia parecida ainda em 1993, quando lançou a primeira geração de um aparelho chamado Newton. Com um visual parecido com o que seria o smartphone de maior sucesso da empresa, Newton era um dispositivo que funcionava como uma espécie de bloco de notas eletrônico que prometia a função de converter textos escritos à mão em caracteres digitais. O problema é que o sistema era cheio de falhas, e o processo de desenvolvimento foi extremamente conturbado. Estes fatores somados ao preço absurdo com que ele chegou ao mercado, custando U$900, resultaram no cancelamento da linha.
Mesmo com o fracasso do projeto Newton, Steve Jobs não desistiu da ideia de criar um tablet. Na verdade, o interesse dele pelo que se tornaria o iPad levou à criação do iPhone em primeiro lugar.
Com o mercado de celulares em expansão, o fundador da Apple temia que seus iPods se tornassem obsoletos, já que os novos aparelhos telefônicos já vinham com câmeras e isso estava afetando a venda das câmeras digitais. A preocupação maior era de que não demoraria muito para que as fabricantes passassem a colocar tocadores de música em seus aparelhos, e seu produto de maior sucesso até então caísse no esquecimento.
Em busca de inovação, Steven Jobs ficou fascinado com a ideia de criar um telefone que tivesse uma tela e não precisasse de teclado. E finalmente em 2007 chegou a anunciar para o mundo o produto que prometia revolucionar o mercado de tecnologia.
Durante a apresentação, ele mostrou três imagens em um telão: um iPod, um telefone, e um aparelho de acesso à Internet. A estratégia era fazer com que as pessoas pensassem que se tratavam de três produtos diferentes. A surpresa apareceu quando a tríade se unificou em um só dispositivo, batizado de iPhone . Na época, outros aparelhos já permitiam que o usuário navegasse na Internet, tirasse fotos e enviasse e-mails, porém todos eles tinham um teclado físico, e para usar a tela era necessário utilizar a caneta stylus.

A reação do público ao lançamento da primeira versão do iPhone foi bem controversa. Muitas pessoas acreditavam que a ausência de teclado prejudicaria a utilização do aparelho, mas o marketing em cima do produto estava sendo trabalhado constantemente, e antes mesmo de colocar os aparelhos à venda ao público, mais da metade dos cidadãos norte-americanos sabiam pelo menos da existência deles.
Revivendo o mesmo posicionamento adotado no lançamento do Macintosh, a Apple ofereceu o iPhone a um preço alto e ainda prendeu seus compradores a um contrato de dois anos com uma operadora. Lançado ao público dia 29 de junho de 2007, quem realmente quisesse o aparelho revolucionário teria que pagar U$500 e dois anos de fidelidade com a At&t. Mesmo com o precinho salgado e as condições de compra, as vendas foram um sucesso, e até o fim do mesmo ano, estima-se que a Apple tenha vendido mais de 1,4 milhão de unidades do smartphone nos EUA.
Os altos números de vendas do iPhone estimularam a concorrência a lançar smartphones parecidos, levando até a quase extinção dos teclados físicos e à criação do Android, o sistema operacional baseado em Linux e desenvolvido em código aberto pelo Google, lançado apenas um ano depois do primeiro smartphone da Apple.

Ainda hoje, com tantos aparelhos de qualidade no mercado, um dos nomes mais conhecidos e defendido por seus fãs é o iPhone . Isso se explica pelo cuidado na fabricação dos produtos, pelo desempenho veloz e, claro, pelo trabalho massivo de marketing aplicado pela marca, gerando defensores fiéis da Apple.
Xiaomi: Nem tudo que é bom precisa ser caro
A Xiaomi é uma fabricante chinesa que está balançando a indústria de smartphones. Mesmo sendo uma empresa relativamente jovem em relação aos concorrentes, ela já se tornou a quarta marca de celulares MAIS VENDIDA NO MUNDO.
Fundada em abril de 2010 por oito sócios nos arredores de Pequim, na China, a Xiaomi tinha entre seus idealizadores pessoas com muita bagagem. Alguns haviam trabalhado em filiais do Google na China, na Microsoft, Motorola e outras empresas de peso em tecnologia. Com isso, possuíam experiência e capital suficiente para empreender no mercado Chinês, que abre cerca de 10 mil novas empresas por dia e cerca de sete startups por minuto.

Mas ainda faltava um detalhe importante para que a marca tivesse aceitação: o nome. “Xiaomi” em chinês significa literalmente “Pequeno Arroz”, mas a escolha do nome foi bem mais profunda. Durante a Segunda Guerra sino-japonesa entre Japão e China, de 1937 a 1945, o líder da época (Mao Tse Tung) dizia que a China combatia usando “xiaomi e rifles”.
Agregando ainda mais sentido à marca, o budismo tem um ditado que diz que um único grão de arroz é capaz de ser tão incrível quanto uma montanha. A palavra agrega também outros tipos de cereais, que representam base sólida e força, além de ser presença certa na mesa de uma grande parcela da população de lá. O nome representa a vontade da empresa de ter uma base muito bem estabelecida e ser tão importante e essencial quanto estes cereais. Uma curiosidade divertida é que eles gostam de brincar com a segunda palavra, MI, atribuindo nomes como Mobile Internet e Missão Impossível.
No início de tudo, o foco deles ainda não era o mercado de smartphones. Eles começaram com a MIUI, uma skin feita baseada em Android, que continua recebendo atualizações até os dias de hoje! Quando ela foi lançada tinham apenas 100 usuários, e hoje são mais de 190 milhões de pessoas ativas usando a interface.

Uma das ocasiões mais especiais da marca, segundo os fundadores e funcionários envolvidos, foi a primeira chamada com um smartphone fabricado pela Xiaomi. O evento aconteceu em maio de 2011, quando surgia o primeiro de muitos. O Xiaomi Mi1 era vendido por 18 dólares na época e tinha 1 GB de RAM, 1930 mAh de bateria, um chip gráfico Adreno 220 com SoC Snapdragon S3. Após o lançamento, em um período que durou de dezembro de 2011 a junho de 2012, a empresa chinesa recebeu aproximadamente U$ 306 milhões de investidores que acreditavam no negócio.
Em 2012 a empresa começou a mostrar o seu diferencial, e lançou o smartphone Mi 2, com Snapdragon s4, 2 GB de RAM e armazenamento interno de 32 GB. A fabricante quis se destacar afirmando sua posição como uma fabricante que não se preocupa apenas em vender produtos baratos, e sim produtos de qualidade por um preço mais justo. No mesmo ano ela começou a ganhar espaço e confiança no mercado Chinês.

Enquanto eles evoluíam, aqui no Brasil a marca ainda era pouco conhecida e para adquirir um produto era preciso importar. Mas em 2015 a Xiaomi resolveu expandir seus negócios também em nosso país, sendo apresentada por Hugo Barra. O principal lançamento aqui foi o Redmi 2, que chegou custando R$ 500, competindo com o Moto G e o Zenfone 5. O Smartphone tinha Snapdragon 410, 1GB de Ram, 2.265 mAh e 8GB de armazenamento interno. Uma câmera traseira de 8MB e frontal de 2MB completavam o modelo.
Em 2016, as vendas da empresa caíram drasticamente, fazendo com que ela passasse do primeiro lugar ao quinto entre os maiores fabricantes de smartphones da China. Lei Jun na época chegou a declarar que o motivo maior destes problemas foi o crescimento acelerado da empresa. Com as vendas diminuindo e outros problemas aparecendo, a empresa acabou deixando países como a Indonésia e o Brasil.
Para se recuperar, a Xiaomi começou a remodelar o seu negócio, aumentando o foco em serviços oferecidos nas interfaces da TV e nos smartphones e também uma nova estratégia de expansão mundial. Os esforços deram resultado, e no segundo trimestre de 2017, a empresa já tinha entrado novamente para o ranking das cinco maiores marcas mundiais de smartphones por exportação.
Já no ano de 2018, a Xiaomi anunciou que iria limitar seus lucros com hardwares em 5%, ou seja, mesmo que a empresa cresça mais e aumente seus lucros, ela continuará faturando a mesma quantia com a venda direta de seus aparelhos. Esta estratégia foi adotada para ter uma política ainda mais agressiva de preços, atingindo cada vez mais pessoas e promovendo a expansão da marca.
Com uma abordagem diferente da última vez, em 2019 a Xiaomi anunciou seu retorno ao Brasil, trazida pela empresa DL Eletrônicos. Agora a marca também está preocupada em levar os produtos para aqueles que não compram diretamente da Internet. Sendo assim, ela chegou em diversas lojas no Brasil para competir com empresas famosas aqui, como Apple, Samsung e Motorola.
Quem leva a melhor nesta batalha?

Muitas pessoas apelidaram carinhosamente a Xiaomi de “A Apple japonesa”. As semelhanças nos aparelhos, na interface com o usuário e nas introduções dos produtos realmente é gigante. Enquanto os fãs da fabricante chinesa dizem que não importa, pois ela copia fazendo melhor. Uma coisa é inegável. As marcas se assemelham muito no relacionamento com seus clientes: eles interagem de maneira assídua e parecem valorizar cada indivíduo.
Imitadora ou não, a Xiaomi apresenta um grande desafio para os maiores fabricantes de smartphones. Se expandindo cada vez mais nas economias em desenvolvimento com o foco na classe média, ele permanece protegido da concorrência pela maneira como torna os produtos lucrativos.
E se você gostou deste artigo, que tal ficar por dentro das melhores ofertas em eletrônicos? Não importa se você é usuário iOS ou Android, pelo aplicativo do KaBuM! você encontra as melhores ofertas em informática e eletrônicos direto do seu smartphone!
Qual é a sua marca preferida?
The post A melhor batalha de Smartphones dos últimos tempos: Apple vs. Xiaomi appeared first on Le Ninja.